Um daltônico na fotografia


Vocês não leram errado no título... é isso mesmo! um daltônico na fotografia. Esquisito? talvez, eu diria que ja me acostumei e hoje não passo por muitos apuros.

Não pretendo me aprofundar em detalhes muito técnicos como "o que é o daltonismo" ou "os tipos de daltonismo existentes"...

O que posso dizer sobre meu caso é que dependendo da tonalidade, o verde se torna marrom e o marrom se torna verde e, o vermelho escuro também tende para o marrom.

Imagine que com essas trocas, pintar a vaca de verde na aula de educação artística era algo comum para mim...
No mundo da fotografia é basicamente a mesma coisa. Aprecio muito mas a meu modo de "ver". A maior dificuldade é na sugestão de cores, pois a proposta ou o nome da cor nunca batem. Há quem diga que devido à inversão de cores, os daltônicos não possuam profundidade, mas não vejo isso como uma verdade, talvez pelo meu tipo de daltonismo ser um dos mais leves.

Com a ajuda de uma pessoa que enxerga de forma normal, busquei algumas imagens que "simulam" como eu enxergo, se é que isso é possível.

Encontrei uma imagem que demonstra uma pessoa que troca o vermelho e o verde. Não é bem o meu tipo de daltonismo, pois o meu é apenas para os tons mais escuros, mas já da uma idéia a você leitor do que ocorre com os portadores dessa doença genética.

Color Blindness Test     Color Blindness Test
      Visão de uma pessoa normal                  Visão de um daltônico

Existe um teste que permite identificar se a pessoa é portadora de daltonismo e de qual tipo. É o teste de Ishihara.
Teste de Ishihara

Nesse teste, por mais que eu procure, olhe de um lado ou de outro, não consigo ver os números 45, 6 e 8...

Mas... não existem só desvantagens!
Os daltônicos conseguem muitas vezes enxergar detalhes e sutilezas que pessoas de visão normal não conseguiriam notar.
O exército é um dos grandes interessados em daltônicos, devido à facilidade de encontrar uma pessoa camuflada, por exemplo.

Voltando para fotografia, a minha sorte é que alguns softwares indicam as cores e até escrevem o nome das cores (seja por nome ou pelo sistema RGB). Isso realmente quebra um galhão.

Minha única frustração é não poder tirar brevê, mas isso resolve-se com outros hobbies, como a fotografia, que pode ser praticada com muito mais frequência, alem de não ser tão onerosa.

Se você que saber um pouco mais sobre daltonismo, recomendo a leitura do livro "Ilha dos Daltônicos" de autoria de Oliver Sacks. É excelente.



Abraços daltônicos e ótimos clicks!



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